#COVIDNaReal




#COVIDNaReal O Brasil segue em segundo lugar no ranking da maior contração de renda no mundo. Isso significa muitas coisas, principalmente o aumento da desigualdade social.

Em números, quer dizer que 1% da população mais rica acumula em torno de 28% da renda do País inteiro, e os 10% mais ricos concentram por volta de 42%, conforme dados de 2019 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

O acúmulo de riqueza também está atrelado ao acúmulo de poder. Isso acaba por delimitar quais são os poucos agentes que controlam a sociedade e a economia e que participam das grandes tomadas de decisões. Altera, inclusive, a compreensão do que é a democracia. A concentração de renda também passa por recortes de raça, classe social e gênero, apontando os lugares de poder e de desigualdade na nossa sociedade.

Sobre esses lugares de poder, devemos considerar também o fato de que a grande maioria das empresas brasileiras são de pequeno e médio porte. Sendo, portanto, vulneráveis economicamente diante das grandes organizações onde se acumulam as riquezas.

Sentimos os impactos da concentração de renda na precarização das relações de trabalho, no não acesso à educação, à saúde, ao lazer e ao emprego, e em outras formas de desigualdades. Em tempos de #covid19, essas consequências se agravam.

Resultado é que neste momento algumas pessoas terão condições de cumprir todas as medidas de segurança (além de terem garantido acesso à saúde, à alimentação, ao saneamento e à renda, por exemplo) e outras não.

A taxa de letalidade tem se mostrado inversamente proporcional à renda. Segundo dados da Prefeitura de São Paulo relativos a abril, as chances de morrer por covid-19 foram até 10 vezes maiores nos bairros mais pobres que nas regiões que concentram riqueza.

Já entre a população negra, o risco de óbito foi 62% maior que entre a população branca. Segundo o IBGE, o rendimento médio mensal das pessoas ocupadas brancas (R$ 2.796) é 73,9% superior ao de pessoas pretas ou pardas.

É necessária a adoção de medidas pelo poder público que estimulem a distribuição dos recursos, garantindo uma vida digna assim como o cumprimento da declaração universal dos Direitos Humanos.

A taxação das grandes fortunas, a garantia de renda, de saúde, de educação e de trabalho são medidas imprescindíveis para darmos conta de momentos como este. Na mesma medida, precisamos repensar nossos padrões de produção e consumo e o estabelecimento de modelos econômicos menos predatórios.

Acompanhe o site do #CRPSP na pandemia: www.coronavirus.crpsp.org.br

#FiqueEmCasa #Psicologia

#PraTodosVerem

Card vermelho traz o resumo da legenda em cor branca, com a imagem aérea da divisa entre os bairros de Paraisópolis e Morumbi, de São Paulo, explicitando a desigualdade social. No cabeçalho superior direito está o logotipo do CRP SP e à esquerda, o do mote da gestão: “A Psicologia é para todo mundo. E se faz com Direito Humanos!”, inseridos sobre fundo amarelo claro. No rodapé está o site especial do CRP SP na pandemia.