#COVIDNaReal




#COVIDNaReal A população LGBTQI+ vivencia historicamente experiências de exclusão, estigmatização, invisibilidade, violências e violações de direitos. Condições que atravessam suas vidas e refletem-se, por vezes, na exclusão do âmbito familiar e do trabalho e interferem na saúde mental.

Com a pandemia, o adoecimento psicológico e a vulnerabilidade socioeconômica das pessoas LGBTQI+ se intensificam. O agravamento da crise política brasileira, com constantes ameaças e expressões de ódio a diferentes orientações sexuais e identidades de gênero, criam cenários ainda mais violentos.

É urgente pensar nos impactos que essa população tem vivenciado. Muitas pessoas LGBTQI+ estão em isolamento social em lares e famílias LGBTfóbicos, em pensionatos e casas de acolhimento, acirrando as situações de opressão, de conflito no convívio com outras pessoas, de sofrimento e também de solidão.

A isso se somam as vulnerabilidades socioeconômicas da crise sanitária. Com dificuldades relacionadas ao emprego e à estabilidade financeira, fatores como a ansiedade aumentam e favorecem quadros de adoecimentos emocionais, como a depressão e até mesmo o suicídio.

O estigma e os preconceitos sobre a população LGBTIQI+ também criam barreiras de acesso inclusive ao sistema de saúde e proteção. Muitos dos ambientes e serviços de saúde ainda reproduzem práticas discriminatórias, o que dificulta a entrada e a permanência de pessoas LGBTQI+. Sem respeito à identidade de gênero e à orientação sexual, a saúde e o cuidado a que têm direito são deixados de lado.

O cenário se torna mais grave quando falamos da população travesti e transexual, em sua maioria negra, pobre e periférica. Para além das dificuldades de acesso aos direitos básicos, muitas/os não possuem cadastro nas organizações governamentais para algum tipo de benefício. Neste momento de pandemia, muitas/os permanecem trabalhando nas ruas, para subsistência.

Nesse período de isolamento, de acordo com a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA), o Brasil teve um aumento de 49% no número de mortes de travestis e mulheres trans neste primeiro semestre, contabilizando 64 assassinatos.

As pessoas LGBTQI+ padecem, mais do que nunca, da falta de políticas públicas que considere esta parcela da população.

É imprescindível que todos tenham apoio e garantia de direitos básicos à proteção, à segurança e ao cuidado neste momento de pandemia.

Todas as vidas importam.

Assista às LIVEs:

"Enfrentamento da transfobia e os desafios para os tempos de isolamento social": https://www.youtube.com/watch?v=ppoDPUhdbDI

“Combate a LGBTfobia em tempos de pandemia”: https://www.youtube.com/watch?v=LbQLTQfmo_A&t=37s

Acompanhe o site do #CRPSP na pandemia: www.coronavirus.crpsp.org.br

#FiqueEmCasa #Psicologia

#PraTodosVerem

Card com fundo vermelho resume o texto da legenda em cor branca e traz a imagem de uma pessoa LGBTQI+ que parece estar pensativa. No cabeçalho superior direito está o logotipo do CRP SP e à esquerda, o do mote da gestão: “A Psicologia é para todo mundo. E se faz com Direito Humanos!”, inseridos sobre fundo amarelo-claro. No rodapé está o site especial do CRP SP na pandemia.