#COVIDNaReal




#COVIDNaReal Sem planos efetivos de proteção, a crise sanitária se prolonga no Brasil e arrasta consigo também a economia. 

Na ausência de planos emergenciais a longo prazo e de recuperação econômica, o Brasil, que já apresentava níveis crescentes de desemprego, saltou de 11,632 para 12.850 milhões de pessoas sem emprego entre o último semestre de 2019 e agora (dados do IBGE). Anteriormente à pandemia, um terço da população brasileira (62,3 milhões de pessoas) já vivia de empregos informais e autônomos.

Historicamente, a Economia Solidária se mostra como alternativa de articulação e resistência produtiva nesses cenários. Seus sistemas substituem os modelos econômicos competitivos (de lucros concentrados) por atuações colaborativas, baseadas na autogestão e na igualdade entre todos que se unem para produzir, consumir, comercializar ou trocar. 

Desde o final dos anos 80, como resposta ao desemprego, uma parcela de trabalhadoras/es brasileiras/os, com apoio de instituições e segmentos da sociedade, passaram a se organizar coletivamente. Assumiram a recuperação das fábricas em processo de falência bem como passaram a constituir outros empreendimentos econômicos solidários (EESs), de modo a garantir trabalho permanente e a renda mais justa.

Em geral, os empreendimentos e iniciativas de Economia Solidária estão organizados sob a forma de cooperativas, associações, empresas recuperadas, grupos informais, redes, clubes de troca, feiras, grupos de finanças solidárias, bancos comunitários, coletivos de artistas, entre outros. 

Com gestão coletiva e democrática, as/os sócias/os trabalhadoras/es decidem sobre a organização do processo produtivo e a repartição dos ganhos e afastam-se das dinâmicas de exploração. A forma mais comum de comercialização dos produtos e serviços acontece por meio da relação direta entre produtoras/es e consumidoras/es, sendo fundamental a articulação em redes. 

Contudo, enquanto a pandemia não se resolve minimamente em meio à cenários de crise econômica e política, esses empreendimentos também encontram as suas dificuldades em sobreviver. A alteração no modo de vida e nos hábitos de consumo das pessoas têm impactado na busca por seus produtos e serviços e afetado a renda. 

Para os empreendimentos com acesso às tecnologias da informação e mídias digitais, têm sido possível encontrar estratégias de atuação, como entregas em domicílio, divulgações e atuações em redes on-line. A criatividade também se revela pertinente, com a criação de eventos virtuais, sistema de cupons pré-pagos e outros métodos e adaptações.

Ainda sim, para muitos, o volume comercializado ou de serviços prestados tem sofrido abalos significativos. Para outros, dada a natureza de suas atividades, há menos possibilidade de alternativas neste momento, caso do turismo de base comunitária.

A situação das/os catadoras/es de materiais recicláveis, por sua vez, depende da existência ou não de contrato com a Prefeitura para prestação de serviços. Se há essa contratação, ao menos parte da renda está garantida. Porém o risco de contágio por coronavírus permanece alto, pelo contato direto e permanente com pessoas e materiais potencialmente contaminados.

Enquanto isso, discussões oportunas sobre a Economia Solidária têm surgido neste momento. Envolvem trabalhadoras/es, gestores públicos, entidades de apoio e fomento e a própria sociedade civil, que participa ainda como consumidora e público final deste processo. 

Nesta mesma direção, as universidades têm acompanhado as cooperativas populares por meio de suas incubadoras e participado da construção de novas alternativas a partir das experiências e conhecimentos acumulados em suas práticas.   

Acompanhe o site do #CRPSP na pandemia: www.coronavirus.crpsp.org.br

#FiqueEmCasa #Psicologia 

#PraTodosVerem 

Card com fundo vermelho traz a imagem de mulheres trabalhando coletivamente e o resumo da legenda aplicado em cor branca. No cabeçalho superior direito está o logotipo do CRP SP e à esquerda, o do mote da gestão: “A Psicologia é para todo mundo. E se faz com Direito Humanos!”, inseridos sobre fundo amarelo claro. No rodapé está o site especial do CRP SP na pandemia.