#COVIDNaReal #AutocuidadoNaCovid




#AutocuidadoNaCovid #COVIDNaReal A saúde mental perinatal está relacionada ao período e ao processo na vida da gestante e da família em que ocorrem mudanças de impacto imediatas e a longo prazo. Entre as mudanças rápidas, estão as transformações no corpo e na rotina, que exigem adaptação progressivas dos espaços, das relações, das prioridades e da conjugalidade (se ela existir). 

As mudanças lentas são aquelas relacionadas aos valores e planejamento para o futuro. São alterações na parentalidade e nas ressignificações que se iniciam na gestação e se estendem por tempo indeterminado no exercício da maternidade. 

As consequências da #covid19 durante a gestação são incertas. Até o momento, não há indícios de prejuízos graves para mães e bebês em larga escala. Contudo o risco de sofrimento mental se acentua na crise sanitária, ainda mais considerando que a gestação por si só já é um período de vulnerabilidade psicológica quando comparado a outros momentos do ciclo vital. 

Em tempos de pandemia, essas vulnerabilidades se acentuam principalmente por estarmos diante de algo inédito e ainda “desconhecido”: trata-se de um vírus novo e com informações pouco conclusivas sobre suas consequências e seus impactos na gestante, no feto, no puerpério e no bebê. Este quadro tende a intensificar a ambivalência já tão presente no período gestacional. Acrescenta-se o sofrimento gerado pela memória recente do zika vírus e o risco de microcefalia, que vem sendo resgatado pelas gestantes. 

A rotina de assistência da gestação, que envolve a realização de exames periódicos e consultas médicas de acompanhamento, segue fundamental. Porém traz novas questões: praticá-las neste momento envolve estar mais exposta e expor também a/o acompanhante à contaminação. Esta exposição, por um lado, pode gerar culpa. Por outro, suscitar sentimentos de desamparo por ter lidar com estes cuidados sozinha. 

Por fim, chega-se ao momento do parto, quando a fragilidade psíquica aumenta. Neste momento podem surgir inúmeras inseguranças e dúvidas sobre os espaços de saúde oferecem maior risco de contaminação. 

A Lei do Acompanhante de Parto, de 2005, garante à mulher o direito de ter uma pessoa de sua livre escolha, ao seu lado, da internação à alta. Esta lei, entretanto, não é atendida rotineiramente em vários hospitais brasileiros por diversas justificativas. Com o coronavírus, este direito tem sido ainda mais restringido. Muitos hospitais mudaram os critérios de acompanhante seguindo protocolos diferentes, conforme o número de casos confirmados em cada região. 

Este quadro sugere à puérpera uma condição de solidão maior do que a habitual, abrindo uma lacuna de cuidado pessoal que deve ser garantida pela assistência profissional, inclusive da/o psicóloga/o nos hospitais e espaços de saúde. Para isso, é fundamental que as/os profissionais estejam, além de disponíveis, alinhada/os com os documentos emitidos pelo Ministério da Saúde e órgãos oficiais e também com as evidências científicas mais recentes.

É importante que o profissional de saúde envolvido na assistência à gestante ofereça alternativas de cuidado, além da presencial, como: aumentar o contato virtual, favorecer a transmissão de informações baseadas em evidências científicas; indicar rodas on-line de gestantes, para que, na presença de psicólogas(os) especializadas(os) e pares, haja possibilidade de troca, escuta e acolhimento; transmissão de informações de autocuidado e higiene específicas para este período. 

Medidas como estas podem ser importantes aliadas na redução de conflitos e ambivalências, na prevenção de sofrimento e na promoção de saúde durante o ciclo gravídico puerperal. 

Acompanhe o site do #CRPSP na pandemia: www.coronavirus.crpsp.org.br

#FiqueEmCasa #Psicologia

#PraTodosVerem 

Card com fundo lilás traz na parte superior a imagem de uma mulher negra, grávida, que assiste a conteúdos em um notebook. Lê-se:

"#AutocuidadoNaCovid Gestação. Em tempos de coronavírus, as gestantes e suas/seus acompanhantes sofrem as adaptações necessárias para prevenção contra o vírus. Podem sentir o aumento do medo, da ansiedade e das incertezas."

No cabeçalho superior direito está o logotipo do CRP SP e à esquerda, o do mote da gestão: “A Psicologia é para todo mundo. E se faz com Direito Humanos!”, inseridos sobre fundo amarelo claro. No rodapé está o site especial do CRP SP na pandemia.

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