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A cultura como produtora de subjetividades e saúde mental


Publicado em: 31 de janeiro de 2020

A cultura é o reflexo da sociedade em seus sentimentos, reflexões, ações e, principalmente, a visão crítica da própria existência e do mundo.

Por meio da arte, a cultura fomenta a transformação das pessoas através de capacidades inventivas, contribuindo para a formação de cidadãs e cidadãos conscientes do significado de suas vidas em sociedade.

Tudo se manifesta a partir da perspectiva dos aspectos sociais, econômicos, religiosos, e, sobretudo, psicológicos.

Mesmo que sem intencionalidade, a arte se manifesta como uma via subjetiva que é capaz de completar o ser humano de uma forma única. Assim, a Arte permite que os indivíduos desenvolvam autonomia para se transformar.

O Plano Nacional de Cultura (PNC), elaborado pelos Poderes Executivo e Legislativo em parceria com a sociedade civil nas instâncias de participação e controle social, baseia-se na concepção de cultura articulada em três dimensões: simbólica, cidadã e econômica.

Assim, entendemos que a cultura não pode mais ser desconsiderada pelas políticas governamentais, não apenas pelo que representa no fomento ao próprio setor, mas também por sua inserção como elemento basilar do desenvolvimento econômico e social, além de grande produtora de subjetividades e saúde mental.

Culturas são todas as manifestações de arte e patrimônio das sociedades, entendidas como processos vivos e ativos. Todo cidadão brasileiro tem direito à cultura, considerada o complexo integral de distintos traços espirituais, materiais, intelectuais e emocionais que caracterizam uma sociedade, incluindo as artes, as letras, os modos de vida, os direitos fundamentais, os sistemas de valores, tradições e crenças.

A sociedade é quem produz cultura.

O Estado possui o papel de estabelecer mecanismos de preservação e incentivo cultural, dispondo de recursos e instrumentos criados com a participação da sociedade como um todo.

Atualmente, as políticas culturais enfrentam grandes desafios que afetam todas as áreas em nível nacional.

As mudanças de rumo que vêm ocorrendo insistem em enfraquecer os mecanismos de participação. Os recursos aportados ao Sistema Nacional de Cultura foram consideravelmente reduzidos e, consequentemente, atingiram os sistemas estaduais e municipais.

A manutenção da participação popular e de nossas ações neste formato participativo é um desafio que exige grande esforço.

O fortalecimento da participação política popular nas decisões e novos rumos das políticas públicas é essencial.

O CRP SP defende o financiamento pelo Estado da política pública de cultura que reflita a pluralidade e diversidade democrática da sociedade brasileira de maneira acessível e livre. E que a Arte possa ser negra, indígena, LGBTIQ+, migrante, feminina, laica, coletiva e latino-americana.


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saúde mental cultura arte