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Psicologia, direitos humanos e povos indígenas: acolhimentos e resistências


Publicado em: 7 de fevereiro de 2021

A história moderna dos povos indígenas, no Brasil, é marcada por diferentes processos de resistência, desde 1.500 até os dias atuais. Nesse contexto, é fundamental refletir sobre diferentes questões, entre elas: quando se aborda a luta pela garantia de direitos humanos, quantos se lembram das reivindicações dos povos indígenas? Ainda na escola, os diferentes conhecimentos indígenas foram devidamente visibilizados? As histórias foram (e são) narradas a partir da perspectiva dos colonizadores ou dos submetidos às estruturas da colonização? Como a Psicologia tem lidado com as lutas dos povos indígenas?

Nesse cenário, 07 de fevereiro foi a data escolhida como Dia Nacional de Luta dos Povos Indígenas para relembrar esses desafios impostos desde o colonialismo até a sociedade neoliberal. A oficialização da data ocorreu em 2008, por meio da Lei Nº 11.696. Além disso, trata-se de uma forma de homenagear Sepé Tiaraju, líder guarani que comandou a Revolta dos Sete Povos de Missões contra a dominação de Espanha e Portugal no Rio Grande do Sul de 1753 a 1756. O episódio, considerado um grito de independência indígena, não resultou em reconhecimento de direitos por parte dos territórios posteriormente independentes.

Para que a Psicologia efetive-se como campo de conhecimento e atuação que defende os direitos humanos, a luta dos povos originários deve ser sempre incluída. O CRP SP possui um grupo de trabalho sobre Psicologia e povos indígenas, guiado pela identificação de necessidades inerentes à saúde mental dessa população, bem como o fortalecimento das identidades nativas, redução de índices de suicídio, de consumo de drogas, entre outros. Trata-se de uma estratégia para a promoção da saúde, de diálogos de saberes, de revisão de estratégias a fim de romper com pressupostos eurocêntricos e de sistematização de reflexões coletivas que sirvam como referência para a atuação de psicólogos/as nesse campo tão relevante. 

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#PraTodosVerem: nesta publicação há um card de fundo predominantemente laranja. No lado direito, a ilustração de texturas que remetem à símbolos indígenas marrons e vermelhos. No lado direito, a imagem de uma pessoa indígena, com cocár, pinturas e adereços.