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Prática de psicólogo mostra como o esporte pode fazer diferença na vida de adolescentes


Publicado em: 8 de agosto de 2012
Créditos: CRP SP
Fotos: CRP SP

Prática de psicólogo mostra como o esporte pode fazer diferença na vida de adolescentesEm tempos de Olimpíadas, momento em que o mundo para por duas semanas para acompanhar os jogos e torcer por seu país, os elogios ao preparo técnico dos (as) atletas são inevitáveis. Mas o que muitos não param para pensar, e que normalmente é decisivo para a vitória ou derrota, é no preparo emocional destes (as) atletas. Preparo este que está diretamente ligado ao acompanhamento psicológico no antes, durante e depois da prova. Pensando nos fatores emocionais que os esportes geram, com o foco nos benefícios destas atividades para pessoas em situação de vulnerabilidade, o psicólogo Felipe Augusto Pereira, de Vargem Grande do Sul (SP), coordenou uma atividade na ONG Projeto Colibri, onde trabalha, sobre a prática de esportes radicais com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa de liberdade assistida. Os (as) adolescentes que cumpriam medidas socioeducativas por meio da ONG, foram convidados (as) a participar, em novembro do ano passado, de uma série de atividades esportivas durante um dia inteiro em uma fazenda na cidade de Poços de Caldas (MG). O objetivo, segundo Felipe Augusto, foi aproximar os jovens de sua realidade, fazendo o trabalho psicológico dentro do ambiente dos adolescentes, e não dos profissionais, saindo da clínica e da prática tradicional. E também levar a eles algo que pudesse contribuir, dar algum tipo de prazer, mostrando que isto pode ser feito sem o uso de drogas e sem qualquer tipo de interferência, complementa. Cavalgada, parede de escalada, tirolesa, arvorismo e paintball foram algumas destas atividades, que teve uma resposta muito positiva dos participantes, segundo Felipe que inclusive elevou a reputação das medidas socioeducativas que os jovens deveriam cumprir. Por ser um programa obrigatório, existe um estigma de ser algo ruim e as pessoas já comparecem com certa repulsa. Com a atividade que fizemos os (as) adolescentes passaram a frequentar mais, com menos receio e hostilidade, conta o psicólogo. A mudança de visão que uma atividade singular como esta pode causar na vida das pessoas é o que Felipe considera relevante para ser extraído desta prática pelos demais profissionais da área. Com isto em mente, decidiu inscrever o trabalho, que intitulou A prática de esportes radicais como ferramenta de ressocialização de adolescentes em medida socioeducativa de liberdade assistida na 2ª Mostra Nacional de Práticas em Psicologia, evento que acontece entre os dias 20 e 22 de setembro, em São Paulo. Na 2ª Mostra, Felipe espera passar o impacto que a atividade, ainda que experimental, teve e fazer com que ela gere reflexões para outras pessoas, em outros locais do país. Estas atividades ajudaram na interação, disciplina, respeito às regras. São aspectos que afetam a todos (as), e principalmente os(as) adolescentes, conclui Felipe Augusto.