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CFP e membros da segurança pública discutem o tema


Publicado em: 17 de junho de 2013
Créditos: CRP SP
Fotos: CRP SP

CFP e membros da segurança pública discutem o tema O presidente CFP, Humberto Verona, se reuniu em 4 de junho, em Brasília, com 16 representantes da segurança privada e da Polícia Federal para discutir a avaliação psicológica para porte de armas na seleção de vigilantes. O intuito foi aprimorar critérios dos testes para atender e manter a qualidade ética e técnica do trabalho do (a) psicólogo (a), tornando o processo mais viável para empresas que atuam na formação desses (as) profissionais e que prestam serviços na área de vigilância. As entidades reconheceram a importância da avaliação psicológica, mas ressaltaram que é preciso diferenciar os testes para porte de arma comum e porte de arma funcional. Quando o (a) cidadão (ã) tira o porte, ele (a) pode andar armado 24 horas por dia, o (a) vigilante não, observa o presidente da Associação Brasileira das Escolas de Formação, Francisco Cardoso. O nível de escolaridade foi outro ponto levantado durante a reunião, já que a maior parte dos vigilantes possui apenas o ensino fundamental. Com base nesse cenário, os (as) representantes da área de segurança sugerem que os testes psicológicos sejam adaptados a essa realidade. De acordo com a Associação Brasileira dos Sindicatos e Entidades de Segurança Privada (Absesp), o Brasil conta com 600 mil profissionais na área de vigilância. Teremos a evasão de pessoas para outros segmentos se não houver mudanças, argumentou o presidente da entidade, José Adir Loiola. O presidente Verona, acompanhado da especialista em avaliação psicológica e colaboradora do CRP SP, Cristina Pellini, defendeu que o rigor técnico e ético da avaliação psicológica é inegociável dentro dos princípios do código de ética profissional. No entanto, ele sinalizou a possibilidade de aprimorar a discussão para rever, em parceria com a Federação Nacional dos Psicólogos (Fenapsi), a tabela de referências de honorários. Também precisamos reavaliar as exigências feitas hoje para se chegar à elaboração de um laudo. É necessário rever as características que devem ser avaliadas dentro do perfil do vigilante, deixando a liberdade de escolha dos instrumentos para o (a) psicólogo (a), trabalhando na perspectiva das características do (a) trabalhador (a), analisando a consciência do (a) profissional e sua responsabilidade. Desta forma, baixaremos os custos da avaliação psicológica, disse o presidente do CFP, posicionando-se favoravelmente à manutenção de todas as outras requisições para a boa qualidade do profissional. Durante a reunião, o CFP se posicionou favorável à alteração do artigo 5º, da Instrução Normativa da Política Federal nº 70/13, que trata da bateria de instrumentos de avaliação psicológica utilizados na aferição das características de personalidade e habilidades específicas dos usuários de arma de fogo e vigilantes. Se for aplicada na íntegra, a atividade sofrerá um grande choque, advertiu Wagner Jorge, da Datasafe, empresa especializada no assessoramento, auditoria, consultoria, bens e serviços às empresas do segmento segurança. Com intuito de adaptar o processo de avaliação psicológica para porte de armas, a Polícia Federal adiantou que vai criar ainda no mês de junho um Grupo de Trabalho (GT), que contará com a participação do CFP nas discussões.