Notícias


CRP SP participa de audiência pública sobre o papel dos conselhos de saúde na formação profissional


Publicado em: 17 de outubro de 2013
Créditos: CRP SP
Fotos: CRP SP

CRP SP participa de audiência pública sobre o papel dos conselhos de saúde na formação profissional Representado pelo conselheiro Luis Fernando de Oliveira Saraiva, o CRP SP esteve presente na audiência pública realizada em 17 de outubro, na Assembleia Legislativa de São Paulo e que abordou o papel dos conselhos de fiscalização da área de saúde na formação de profissionais. A audiência teve como objetivo principal discutir qual a relação dos conselhos com aqualidade da formação profissional e o padrão do serviço ofertado à população. Além da Psicologia, outros 11 conselhos da saúde participaram da audiência, entre ele Enfermagem, Nutrição e Medicina. Durante sua fala, Luis Saraiva, compartilhou o papel do CRP SP de orientar, disciplinar e zelar pela fiel observância dos princípios éticos-profissionais, que contribuem para o desenvolvimento da Psicologia enquanto ciência e profissão. Além de reiterar a missão de ampliar a inserção desta área na sociedade como campo de conhecimento e atuação profissional, partindo, necessariamente, de um projeto ético-político. Discutir o papel dos conselhos na formação profissional na área de saúde foi o objetivo da audiência Ele também contou que o CRP SP vem realizando sistemáticas reuniões com os(as) coordenadores(as) de cursos de Psicologia de instituições de ensino superior em todo o estado, o que se mostra estratégico para as ações. Destacou também que a Associação Brasileira de Ensino de Psicologia (ABEP), entidade que se propõe ao debate e reflexão das questões de formação do(a) psicólogo(a), incluindo as novas diretrizes curriculares para o curso de graduação, é uma importante parceira do CRP SP, que contribui na abordagem de questões pertinentes à formação e esclarecimento de dúvidas. "Sabemos da complexidade da formação profissional. Há de se considerar o lugar do ensino superior em nosso país, tornado cada vez mais um assunto meramente econômico, lastreado por uma lógica de mercado. Alunos(as) são transformados(as) em consumidores(as) e a formação, em mercadoria. É contra isso que devemos unir nossos esforços, indo à raiz daquilo que produz profissionais com uma formação bastante deficitária e distante das necessidades de nossa realidade político-social", reforçou o Conselheiro. Neste aspecto o CRP SP é absolutamente contrário a exames de proficiência, já que estes individualizam problemas sociais, culpabilizando quem também é vítima de um mercado de diplomas. "Devemos unir nossos esforços, articulando-nos ao MEC, exigindo-lhe maior rigor junto às instituições de Ensino Superior. Garantir diretrizes curriculares adequadas a novas demandas, alinhadas a um projeto político pedagógico dotado de um compromisso social e tendo em vista a inserção de profissionais em políticas públicas, condições dignas para o exercício docente e infraestrutura são ações mais efetivas no enfrentamento dessa problemática. Questões estas que afetam, não apenas instituições privadas, como também públicas, muitas vezes abandonadas à própria sorte e vivendo realidades pouco articuladas aos contextos sociais nos quais os profissionais irão se inserir", finalizou Saraiva. Como encaminhamentos da Audiência Pública, o presidente do Fórum dos Conselhos de Saúde, Mauro Antônio Pires da Silva, propôs que estas discussões tenham continuidade no Fórum. O deputado João Paulo Hildo, presidente da Comissão de Educação da ALESP destacou a importância deste debate ser federalizado. Neste aspecto, o deputado Carlos Neder, que promoveu a audiência, afirmou que uma nova reunião sobre o assunto já foi marcada para 7 de novembro e que a ideia é, na sequência, se reunir com representantes do MEC.