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Confira nota do CRP SP sobre a violência contra a mulher no país


Publicado em: 8 de abril de 2014
Créditos: CRP SP
Fotos: CRP SP

Confira nota do CRP SP sobre a violência contra a mulher no país Nas últimas semanas, temos assistido ao debate em redes sociais e televisão sobre a violência sexual, com foco na população feminina. Os casos dos abusos sexuais nos vagões de trens e metrôs lotados, que ganhou manchete nos jornais, foi seguido da divulgação dos resultados do estudo Tolerância social à violência contra as mulheres. Divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), em 27 de abril, a pesquisa colocou em evidência a visão da população brasileira a respeito da liberdade das mulheres sobre seu próprio corpo. A pesquisa aponta que 26% das pessoas ouvidas, responsabilizam as mulheres que usam roupas curtas pela violência sexual que podem vir a sofrer. Ou seja, 1 a cada 4 brasileiros não culpam o agressor pela violência cometida, colocando sobre a vítima o peso da culpa, como se não bastasse as marcas da agressão sofrida. O Conselho Regional de Psicologia de São Paulo, pautado pela defesa intransigente e respeito aos direitos humanos, direitos sexuais e reprodutivos, posiciona-se contra qualquer ato de violência de gênero, violação da dignidade, autonomia e liberdade das mulheres. Não admitimos a segregação da população feminina em vagões exclusivos como forma de prevenir os abusos em trens e metrôs. Assim como o apartheid não trouxe paz a negros e brancos, a separação de mulheres e homens no transporte público também não responderá nossas questões e não promoverá mudanças no sistema de desigualdade de gênero em que vivemos. A segregação não é pedagógica. Nossa sociedade machista precisa de respostas mais assertivas, que visem interferir na origem do problema e não apenas amenizar seus resultados. Não é tolerável qualquer índice de violência, subordinação ou segregação. XIV Plenário Conselho Regional de Psicologia de São Paulo - CRP SP