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Organizada pelo CRP SP, publicação foi lançada dia 20 de abril


Publicado em: 23 de abril de 2012
Créditos: CRP SP
Fotos: CRP SP

Organizada pelo CRP SP, publicação foi lançada dia 20 de abril Mais de 100 pessoas lotaram o auditório 100A da PUC SP, na última sexta, 20 de abril, para participar do evento de lançamento da publicação Psicologia, Violência e Direitos Humanos. Organizado pelo CRP SP o livro, que conta com textos de 24 autores (as), apresenta um material conceitual e metodológico que deseja contribuir na construção de referências sobre os debates transdisciplinares sobre direitos humanos e violência, além de mostrar como a Psicologia pode colaborar nesta questão. Fique O livro apresenta um mergulho profundo dos autores (as) neste tema. É uma coletânea de saberes que retrata uma preocupação com a vida e a dignidade humana. Apresenta também novas possibilidades e caminhos para a Psicologia que tem a coragem de defender o bem comum, afirmou a coordenadora da Comissão de Direitos Humanos do CRP SP, Maria Orlene Daré, durante a mesa de abertura do evento, que contou também a participação da vice- presidente do CRP SP, Maria de Fátima Nassif e de Adriana Eiko, Conselheira e representante da Comissão de Direitos Humanos do CFP. Após a mesa de abertura, o programa Diversidade Várias Verdade sobre uma Comissão, que fala sobre a criação da Comissão que irá investigar os crimes da ditadura militar, foi exibido para os presentes na atividade. Em seguida, a mesa Psicologia Violência e Direitos Humanos foi montada. A psicanalista Caterina Koltai, cujo texto faz parte do livro, se emocionou com os relatos apresentados no programa ao rever pessoas e relembrar de situações dos anos de chumbo da repressão no Brasil. A violência é inerente ao ser humano, pois faz parte de sua natureza. Mas é preciso superá-la através da palavra. Há questões que não se apagam. Os (as) torturados (as) têm dificuldade para falar, como se, ao se calar, pudessem esquecer. O Estado precisa reconhecer esse sofrimento, afirmou. Fique O professor livre-docente da USP, Jaime Ginzburg, que também integrou a mesa, defendeu que é preciso adotar uma posição de firmeza e de clareza de que não se deve calar os crimes cometidos e fez uma crítica à cultura do esquecimento tão presente no Brasil. Não há uma percepção oficial de que este é um assunto a ser falado. Por isso, é importante a repercussão deste livro e que ele chegue a muitas pessoas, afirmou. Também fizeram parte da mesa, dois dos organizadores do livro: Paulo Endo e Teresa Cristina Endo. A publicação foi distribuída aos participantes do lançamento e, em breve, será disponibilizada para download no site do CRP SP.