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Ao lado de entidades e instituições, CRP SP participa de homenagem à Fúlvia Rosemberg


Publicado em: 9 de outubro de 2014
Créditos: CRP SP
Fotos: CRP SP

Ao lado de entidades e instituições, CRP SP participa de homenagem à Fúlvia Rosemberg A cerimônia reuniu cerca de 100 pessoas, no auditório da PUC em Perdizes - SP, no dia 06 de outubro de 2014. Trabalhando na fundação Carlos Chagas por quase 40 anos como pesquisadora, atuava na área de estudos de gênero, estudos sobre o bebê, estudos étnico-raciais e era militante das causas feministas. Coordenava também o Negri (Núcleo de Estudos de Gênero, Raça e Idade) na PUC SP. Fúlvia deixa um legado muito grande não só para nossa profissão, mas principalmente para a sociedade. Podemos perceber nitidamente como a professora Fúlvia era capaz de reunir muita gente ao redor dela pelo trabalho que desenvolvia e pelas pessoas que conquistava, afirmou a professora Mercedes da pró reitoria da pós graduação da PUC São Paulo. A professora Ana Mercês Bahia Bock destacou: É um nome com muitos feitos, mas um que eu gostaria de ressaltar é que a Fúlvia foi a primeira pessoa a debater a profissão da psicologia com o questionamento sobre o porquê de 90% dos profissionais serem mulheres. Decidiu colocar isso em evidência com um artigo publicado em 1984 onde mostra as características da profissão que são atraentes para as mulheres. Depoimentos de alunos, professores, psicólogos, amigos e parentes fizeram parte da composição da homenagem juntamente com recordações eternizadas por fotografias de Fúlvia. Com certeza todos aqui, teve uma marca singular feita pela pessoa, professora, orientadora, supervisora, chefe, leitora, trabalhadora, escritora, militante, representante, coordenadora, pós-doutora, mulher, mãe, avó, amiga, Fúlvia Maria de Barros Mott Rosemberg, disse Leandro Andrade, parceiro de trabalho de Fúlvia na Fundação Carlos Chagas. Eliza Zaneratto, atual presidente do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo - CRP SP, participou da mesa do evento exaltando as conquistas e legados deixados por Fúlvia. Homenagear é um modo de resgatarmos a trajetória construída pela professora em seu trabalho. Ao percorrer esse caminho, identificamos marcas deixadas em debates essenciais hoje na nossa sociedade e construções em relação às quais a Psicologia precisa avançar se quiser de fato contribuir com a superação da desigualdade social brasileira, perspectiva que aparece como horizonte de compromisso no trabalho da Professora Fúlvia, declarou. Vejo que o que sou hoje se mistura com o que você foi e acho que você me diria: - Julia, minha filha, pra tudo isso eu não tenho uma resposta, mas siga adiante, pois simplesmente não tem outro jeito, disse Julia emocionada ao falar sobre sua mãe. Ao final do evento, foi projetado em vídeo alguns trechos de depoimentos da própria Fúlvia ao qual dentro de vários assuntos abordados, ela explana sobre a dificuldade de pautas feministas serem aprovadas pela sociedade. Existe uma resistência de setores tradicionais como, por exemplo, a igreja. O feminismo propõe entre outras perspectivas uma mudança de valores em praticamente todos os aspectos da vida social e humana. Reconsiderar que a humanidade é composta por homens e mulheres. O feminismo propõe também uma crítica às posições de poder instituídas na sociedade.