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16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres


Publicado em: 25 de novembro de 2016
Créditos: CRP SP
Fotos: CRP SP

Campanha mundial pretende visibilizar a questão e promover formas de enfrentamento Segundo dados compilados no Mapa da Violência 2015 - Homicídios de Mulheres no Brasil, o país tem taxa de 4,8 assassinatos por 100 mil mulheres, o que nos coloca na 5ª posição no ranking internacional de feminicídio, entre 83 países do mundo. O estudo diz ainda que entre 2003 e 2013 houve um aumento de 54% no número de assassinatos de mulheres negras. Para além do feminicídio, as mulheres sofrem violências de toda ordem, em espaços públicos e privados, nos quais se imprimem relações de opressão de gênero. A Campanha Mundial dos 16 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência contra as Mulheres tem o propósito de dar visibilidade a questão e promover formas de enfrentamento. Ela teve inicio em 1991, organizada pelo Centro de Liderança Global de Mulheres (CWGL). Os 16 dias referem-se ao período de 25 de Novembro (Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher) a 10 de Dezembro (Dia Internacional dos Direitos Humanos) e foram escolhidos para enfatizar a relação entre o fim da violência de gênero e os princípios fundamentais dos direitos humanos. No Brasil a mobilização acontece desde 2003 e começa em 20 de Novembro, Dia da Consciência Negra, pelo reconhecimento histórico, embasado pelas estatísticas, da maior opressão e discriminação contra as mulheres negras. No dia 25 de novembro de 1960, “Las Mariposas”, codinome utilizado em atividades clandestinas pelas irmãs Mirabal, foram brutalmente assassinadas pelo ditador Rafael Leônidas Trujillo, da República Dominicana. Como justa homenagem, a partir do I Encontro Feminista da América Latina e Caribe em 1981, o aniversário da data passou a ser memorado como o Dia Internacional de Não Violência Contra as Mulheres. Fazendo coro às mobilizações de não violência, em julho de 2012, a Campanha UNA-SE da ONU, proclamou todo dia 25 como um Dia Laranja, por ser uma cor vibrante, foi escolhida por simbolizar um futuro de esperança. A partir de então, os principais símbolos mundiais tem sido iluminados de laranja e o uso da cor no dia 25 de Novembro tem sido incentivado. Considerando a defesa de uma psicologia, enquanto ciência e profissão, implicada socialmente, o CRP SP adere à Campanha Mundial dos 16 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres visando uma participação ativa no processo de desconstrução das opressões e pelos direitos humanos. Nesse sentido, lançaremos uma série de vídeos de psicólogas compartilhando de seus saberes e fazeres cotidianos sobre as violências contra mulheres negras, LBTs, encarceradas, com deficiência, no trabalho, na escola, nas instituições, dentre outras formas e espaços de abuso e discriminação.