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Dia Mundial de Luta contra a AIDS


Publicado em: 1 de dezembro de 2016
Créditos: CRP SP
Fotos: CRP SP

Dia primeiro de dezembro é considerado pela Organização Mundial de Saúde o Dia Mundial de Luta contra a Aids. No Brasil, o dia é usado pelos movimentos de HIV/aids para reafirmar a importância das políticas públicas na prevenção da transmissão e na assistência às pessoas vivendo e convivendo com essa infecção. Especificamente com relação à prevenção entre as mulheres, sabe-se que há diversos fatores que as vulnerabilizam para a aquisição do HIV, entre eles a desproporção de poder entre o casal que, em função do machismo instalado na sociedade, faz com que a mulher, no geral, tenha menor poder de decisão com relação aos cuidados com sua saúde e, nesse caso, com relação à prática de sexo seguro que a protegeria do HIV e de outras doenças sexualmente transmissíveis. Para a mulher submetida às regras do homem se torna difícil o diálogo sexual e a negociação do uso do preservativo ou de acordos que a podem salvaguardar dessas doenças. Segundo o Boletim Epidemiológico do Departamento Nacional de DST/Aids (http://www.aids.gov.br/sites/default/files/anexos/publicacao/2016/59291/boletim_2016_1_pdf_16375.pdf), foram registrados no Brasil, de 1980 até junho de 2016, 548.850 (65,1%) casos de aids em homens e 293.685 (34,9%) em mulheres. Observou-se um aumento do número de mulheres diagnosticadas com aids no período de 1980 a 2002; no entanto, a partir de 2009, observa-se uma redução gradual dos casos de aids em mulheres e um aumento nos casos em homens, refletindo-se na razão de sexos, que passou a ser de 21 casos de aids em homens para cada 10 casos em mulheres em 2015. Apesar da redução apontada, boa parte das mulheres casadas continuam não empoderadas para discutir sobre a prevenção às DST/aids com seus parceiros. O CRP SP em defesa de uma Psicologia, enquanto ciência e profissão, implicada socialmente, adere à Campanha Mundial dos 16 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres, visando uma participação ativa no processo de desconstrução das opressões e pelos direitos humanos.