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1º de outubro – Dia Internacional da Pessoa Idosa: A Psicologia e a sociedade diante dos desafios na contemporaneidade


Publicado em: 1 de outubro de 2021

Você é, convive ou conversa com pessoas idosas? Quais os conhecimentos e suas percepções dessa fase do desenvolvimento humano?

Hoje, 1º de Outubro, é o Dia Internacional da Pessoa Idosa, data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1991, para uma reflexão mundial sobre o processo de envelhecimento humano. O aumento da proporção de idosas/os é constatação inevitável quando se analisa a composição demográfica da população brasileira, exigindo maior conscientização sobre o envelhecer de modo a se prevenir o idadismo ou etarismo (ageism), preconceito etário especialmente insidioso e maléfico em relação à pessoa idosa.

Se por um lado a terceira Assembleia Mundial sobre Envelhecimento, da ONU, prevista para ocorrer em 2022, se prepara para o diálogo sobre o envelhecimento ativo e saudável, que tem sido tema de destaque em todo o mundo, por outro, algo preocupante e que deve ser combatido é a inclusão da velhice como doença, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), na mais recente atualização da Classificação Internacional de Doenças (CID), que também entra em vigor no ano que vem. 

A crítica é que o novo item pode relacionar velhice à doença, causando um retrocesso nas notificações das causas de mortes e aumentando a discriminação contra a população em idade mais avançada, substituindo-se o termo senilidade. O alerta é para a possibilidade de perda de dados sobre a população idosa por falta de detalhamento, uma contradição perante os avanços das políticas de envelhecimento ativo e à Década do Envelhecimento Saudável 2021–2030, estabelecida pela própria OMS.

Naquele sentido, é essencial que os Conselhos profissionais participem ativamente da temática, pois tal realidade atinge toda a sociedade brasileira, em particular, a categoria de profissionais da Psicologia. Alguns dados apontam que entre todas as categorias profissionais, as/os psicólogas/os estão entre aquelas que, com maior frequência, continuam em suas atividades de trabalho após os 60 anos. Os primeiros cursos de formação universitária específica em Psicologia datam do fim da década de 50; a profissão foi regulamentada no país por Lei Federal em 1962 e alguns profissionais já exerciam a atividade antes desta data, valendo-se de dispositivo legal que permitiu a atribuição do título a pessoas formadas em cursos de especialização existentes nos anos 19501960.

O Conselho Regional de Psicologia de São Paulo, em consonância com seu compromisso ético e político, aponta que outras questões também podem e devem ser pautas de reflexão da Psicologia: o avanço tecnológico mundial e a assistência em Políticas Públicas às pessoas idosas, mediadas de modo presencial, remoto e virtual. Considera que as ferramentas tecnológicas podem servir como oportunidade para ajudar as pessoas idosas a manterem ou fortalecerem suas capacidades e permitindo que vivam de maneira autônoma, independente e digna. 

O CRP SP espera que, nos equipamentos de políticas públicas, as pessoas idosas possam ser atendidas de maneira presencial, remota ou virtual, em qualquer momento de sua velhice, em respeito à sua sexualidade, gênero, etnia, deficiência, religião, classe social entre outras características que permeiam a sociedade na garantia de direitos fundamentais.  

A Psicologia é para todo mundo e se faz com Direitos Humanos!

#PraTodosVerem: nesta publicação há um card em tons de marrom alaranjado. Na parte superior, a ilustração de um calendário com o símbolo da Psicologia. No centro, dentro de um círculo, há ilustrações que remetem a pessoas idosas. 


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