Notícias


1 de Dezembro - Dia Mundial de Combate à Aids


Publicado em: 1 de dezembro de 2021

O dia 1º de dezembro é marcado mundialmente como o Dia Mundial de Combate à Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida). Instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) cinco anos após a descoberta do vírus HIV, a data foi criada para demarcar a necessidade de conscientização sobre a doença, informar os riscos e a importância de promoverem-se diálogos e ações com os intuitos da prevenção e do tratamento.

A Aids, apesar de ser uma doença controlada, apresenta ainda desafios a serem enfrentados, principalmente no que diz respeito ao acesso ao tratamento e ao preconceito associado aos portadores da doença. O acesso ao tratamento antirretroviral possibilita que as pessoas que convivem com o vírus HIV não desenvolvam a Aids e este tratamento, aliado a outras medidas de cuidado em saúde, aumenta a qualidade e expectativa de vida desta população a um ponto que a carga viral pode ser reduzida a níveis indetectáveis.

No Brasil, foi graças ao Sistema Único de Saúde (SUS) que os primeiros medicamentos para o HIV foram disponibilizados gratuitamente à população, apontando o programa brasileiro de IST/HIV/Aids como referência mundial. A existência de um sistema de saúde público, universal e aliado no diálogo com os movimentos sociais é aspecto determinante para alçar o Brasil a esse lugar de referência. Contudo, os desafios que se apresentam hoje a essa política pública dizem sobre seu progressivo desfinanciamento e o aumento das pressões políticas para incluí-lo na agenda das privatizações.

A epidemia de HIV/Aids é uma prova da importância de um sistema de saúde universal e acessível a toda a população, alicerçado no respeito aos Direitos Humanos e no combate às desigualdades como fatores estratégicos para o controle do HIV. Defender o SUS universal, democrático e apoiado em bases científicas para todas/es/os é uma luta necessária para que aquelas/es que vivem com HIV/Aids tenham acesso a seus direitos e condições de vidas dignas.

Além, é importante frisar preconceitos e estigmas que as pessoas que vivem com HIV/Aids enfrentam ainda hoje e o intenso sofrimento vivenciado por elas, reforçado por um avanço do conservadorismo que discrimina e silencia discussões relacionadas à sexualidade e prevenção. Nesse sentido, a Psicologia tem-se inserido e contribuído fortemente promovendo conhecimento acerca de questões como sexualidade, identidade, gênero e práticas sexuais, combatendo o preconceito, refletindo sobre o luto e pensando estratégias de vida, colocando suas práticas à disposição de ações que fortaleçam a política pública e acolham a população em toda a sua diversidade, atenta às suas demandas, sofrimentos e potenciais.

O Sistema Conselhos de Psicologia, por meio do Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas (CREPOP), disponibiliza para a categoria e a sociedade o documento “Referências Técnicas para atuação de psicólogas/os nos programas e serviços de IST/HIV/Aids”, que trata das contribuições da Psicologia nos programas e serviços de IST/HIV/Aids, norteando o fazer da profissão e seus compromissos ético-políticos.

#PraTodosVerem: Nesta publicação, há um card em tons de vermelho e laranja. Na parte superior, uma ilustração de um calendário com o símbolo da Psicologia. No centro, dentro de um círculo há a ilustração de uma mão e de um laço vermelho.