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CRP SP na Mídia: Psicólogas de diversos estados denunciam assédio durante atendimento


Publicado em: 24 de maio de 2022

#CRPSPNaMídia: Ao menos 20 psicólogas dos estados de São Paulo, Distrito Federal e Minas Gerais se uniram para denunciar homem que assediava sexualmente as profissionais durante atendimento psicológico. O grupo formalizou a representação ao Ministério Público de SP contra o assediador e um inquérito foi instaurado para que as investigações sejam levadas adiante.

A psicóloga (CRP 06/ 66501) e conselheira do CRP SP Luciane de Almeida Jabur foi convidada a falar sobre o assunto em reportagem do Jornal da Record. Segundo Luciane Jabur, há grande possibilidade do assédio sexual ser um problema recorrente em consultórios, pois “estamos falando de um processo sócio-histórico de objetificação da mulher, que é vista como objeto de satisfação do desejo do homem, independentemente de sua vontade e do contexto em que convivem”, explica a psicóloga. Ela complementa: “Estruturas de manutenção da violência de gênero contra as mulheres criam obstáculos ao reconhecimento da violência, à produção da denúncia e ao acesso à proteção”, finaliza.

Debater as violências contra as mulheres e como se têm presentificado na prática clínica é fundamental aos seus enfrentamentos. De acordo com Jabur, “informar sobre medidas de proteção, orientar sobre a ética profissional quando da ocorrência destas situações e conscientizar sobre a violência de gênero contribuem para que a psicóloga saia do lugar de ‘Fui eu quem não soube organizar o espaço terapêutico. Eu que sou incompetente’ ou até mesmo 'Será que foi assédio sexual já que não estamos na mesma sala?’ Convivemos com diversas formas de culpabilização das mulheres pelas violências sofridas e na prática clínica isto também se faz realidade”, conclui a conselheira do CRP SP.

Você pode conferir a reportagem completa em https://bit.ly/388RT1c 

O tema do assédio sexual contra psicólogas em consultórios foi debatido em roda de conversa do CRP SP, em abril deste ano. Na ocasião, foram discutidas as possibilidades de enfrentamento do assédio às psicólogas no ambiente de trabalho, a orientação ética (como a quebra de sigilo) e fundamentalmente a violência de gênero contra as mulheres.

#Psicologia #CRPSP