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VI Prêmio Arthur Bispo do Rosário - Categoria Poesias




VI Prêmio Arthur Bispo do Rosário
Categoria: Poesias
Jurados Alex Moreira Carvalho, Filipe Doutel, Micheliny Verunschk.

 

Nome da Obra: Qualquer Pessoa (1º Lugar)
Nome do autor e cidade: Daniel Marques Wendling (São Paulo)

Na maré
Da melancolia
EU FAÇO POESIA
Como quem submete
A hipocrisia ao seu
Juízo final
EU APENAS FAÇO POESIA
Em versos de
CAETANOlatria genial
Este ultramundano
Ser musical
Jaz na dicotomia
Que é real
Entre a melodia
E a poesia
MARGINAL
EU FAÇO poesia
Neste funamburlesco
Mundanimal
Que dilacera
Tudo o que gera
De cultural
Eu faço versos
Como qualquer Pessoa
Tudo
Num eterno
Vir-a-ser
A toa

 


 

Nome da Obra: Lenda (2º Lugar)
Nome do autor e cidade: Donisete Aparecido Martins (Palmital)

Eu lacei o pé de vento,
e calcei nele um sapatão,
também viajei pelo
mundo, montando
em um dragão.

A tal mula sem cabeça,
eu já selei e montei,
e lacei o boi tatá, e sozinho
derrubei.

Já quebrei pernas de cobra,
lobisome eu já cacei,
já andei por cima
d’água, e com a sereia,
eu já transei.

Entrei na boca da noite,
e um dente eu ranquei,
também quero revela,
o que eu nunca revelei,
o cavalo de São Jorge,
também foi eu que domei.

Eu já fiz de tudo um
pouco, nessa minha
vida louca, já namorei
sombração, e já troquei
beijo na boca.

Curupira e o cupido, já
tive com eles brincando,
também tive com o saci,
no seu pito cachimbando.
Essa é minha história,
e pra voceis estou contando,
acredite se quise, em
tudo que estou falando.

 


 

Nome da Obra: De Cabeça para Baixo (3º Lugar)
Nome do autor e cidade: Éder Lisboa das Neves (São Paulo
)

Eu acho bonito o que eu gostaria de ser.
Eu estou lutando para não ouvir mãos sujas.
Um brilho me satisfaz. Eu vejo que Deus está no olhar.
Estou esperando o touro, sua beleza me faz ficar fora, um pouco atrapalhado.
Quero que uma formiga ensine o jeito de ser.
O desumor me faz o jeito de ser.
Fiz a barba hoje. Estou indeciso, os dias passaram.
Parece que escuto vozes.
Queria ter um relógio, estou confuso.
Parece que tem responsabilidade grande em mim.
Deus me faça ser grande! Me dizem que sou de outro mundo, outra vida, outro espaço.
A vida não está fácil, o ouvido poucas palavras, certeza de fé.
Eu gosto do seu batom, me disseram que a voz de Deus é suave.
Liberte a minha casa. Me chama de Jesus!
Ouço o barulho do mar. Conselhos antigos não é bom.
Ele não me assegurou, é lá que está ela.
Espere que um dia vai ser. Sorte não é uma planta.
Ouço sinais, o tempo não para.
Tenho opiniões e isso não me agrada.
Não gosto do seu esmalte vermelho no rosto. Ela não é só uma anja.
Sinto eles me ajudarem. Porque tudo isso acontece?
Sonhei com: onde está a piscina?
Não posso mais fazer desenhos.
Porque eu não consigo estar conversando?
Meus olhos captam o perdão, aqui você não perca.
Me julgo imperfeito. Minha mãe pede para eu ser como antes.
Eu acho que sou boca aberta.

 


 

Nome da Obra: Amarrotado
Nome do autor e cidade: Simone Alves Pedersen (Vinhedo)

Outra vez escuto os pássaros acordarem o dia
Cantam ensandecidos, não sabem que ainda não dormi
Lentamente a luz atravessa as janelas
Pergunto onde foi que me perdi de mim
Em qual momento do passado me esqueci quem era
Os raios de sol chegam até a cama,
Mas não atravessam minhas vidraças
Levantar-me por que, se não sei aonde ir?
Chove lá fora. Você chove dentro de mim.
Uma garoa insistente, fria e indiferente
Meus olhos embaçados procuram por nosso porta-retrato
Seu travesseiro novamente intacto.
Fecho os olhos apressadamente e finjo que durmo
Assim não enxergo o que restou de mim.

 


 

Nome da Obra: Felicidade
Nome do autor e cidade: Iracema Vital (Bauru)

Felicidade é somente
Uma visita apressada
Que aparece de repente
E parte sem dizer nada.

 


 

Nome da Obra: Fênix
Nome do autor e cidade: Débora de Brito Santana (São Paulo
)

O que resta
Ao pássaro
Quando seus olhos
Não mais desejam nuvens?
O que resta?
O que resta
Ao pássaro
Quando do seu peito
Não mais brotam canções?
O que resta?
O que resta
Ao pássaro
Quando suas penas
Não mais brilham num vivo colorido?
O que resta?
Haverá nova alvorada?
O brilho aralto do sol
Trará novo fôlego?
Ou a terra alimentar-se-á?
Respira
Respira
Tome fôlego, Oh, Ave fenixiana
A brasa que te queima e sufoca
A de ser a mesma que te limpa
E renova

 


 

Nome da Obra: Lilith II
Nome do autor e cidade: Lílian Galagher (Mauá
)

Sou insana, sou consciente
Sou lúcida, sou dormente
Sou a lua da fatia de melancia...
Sou escura
Sou clara
Sou lírio, sou tulipa negra
Sou de ninguém
Sou minha amiga, o amante, a avó
Sou adolescente e criança
Sou dançarina solitária
Sou dançarina na multidão
Sou má...
Sou carente de ser amada
Sou leoa em busca do sangue
Sou gata meiga que quer leite
Sou escuridão da morte
Sou o sol que ilumina a vida
Sou protetora dos artistas
Sou dama da noite, sou flor, perfume...
Sou ciranda do renascer-morrer
Sou vida que flui no cálice...

 


 

Nome da Obra: Visão do Mundo
Nome do autor e cidade: Rosana Banharoli (Santo André
)

Visito os extremos
Em minutos

Meu mundo
É bipolar

 


 

Nome da Obra: Recuperação
Nome do autor e cidade: José Carlos Rosa (São Paulo
)

Se você acha, que o Planeta
Tem Fim; Você se engana
Pois cada vez que respiramos
Significa o infinito que inalamos.

 


 

Nome da Obra: Terapia por Inspiração Artística
Nome do autor e cidade: Joanina Sueli Libanori (Taquaritinga)

Sonho e são...

Sonho e são serpentes
de ouro mastigando
a noite

Sonho e são tigres
avançando,
Mariposas

Sonho e são Pássaros
feridos
buscando abrigo
na madrugada

Sonho e são pétalas de algodão
colhido na chuva
sonho e sou mel
nas brancas flores
quando o dia clareia:

Sonho e sou passos na areia.