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Coletiva de imprensa contra o retorno do modelo psiquiátrico manicomial


Publicado em: 20 de setembro de 2017

Data: 11/09/2017
Local: Auditório do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo - CRP SP

O Conselho Regional de Psicologia de São Paulo, juntamente com a Frente Estadual Antimanicomial de São Paulo, Conselho Federal de Psicologia, SinPsi, UNISOL, MNDH, FPLAM, realiza coletiva de imprensa sobre posicionamento do Ministério da Saúde, que defende o retorno do modelo manicomial e a expansão de leitos em hospitais psiquiátricos como política pública em saúde mental, na contramão de pelo menos três décadas de lutas e conquistas por um cuidado em liberdade.

A posição do Coordenador Nacional de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas demonstra desconhecimento, desinteresse e desprezo frente aos avanços nas formas de atenção à saúde mental em busca do cuidado integral das pessoas em sofrimento psíquico, calcado em vasta quantidade de estudos e pesquisas e de experiências exitosas, assumindo oficialmente o discurso do mínimo cuidado e da exclusão social. Tal posição indica claramente para o financiamento e disseminação dos leitos em Hospitais Psiquiátricos, que ainda persistiam apesar do clamor da sociedade pela extinção desses espaços, que sem medo de nomear, chamamos de hospícios, servindo às práticas de violência, tortura e silenciamento, velados pelo discurso do tratamento em saúde mental, assemelhando a verdadeiros “campos de concentração”.

Mesmo com a lei da Reforma Psiquiátrica (10.216/2001), que ao longo de sua vigência é alvo de descumprimentos e distorções, os leitos nessas instituições asilares sempre se mantiveram no cenário de nossa realidade. O retorno desse modelo como Política de Estado decreta a total incapacidade e desdém frente à garantia dos direitos dos cidadãos, afirmando a insignificância de grande parte da população, a não atuação em favor do interesse coletivo, não protegendo, e sim, violentando.

Da mesma forma que retrocederemos décadas nos modos de lidar com o sofrimento psíquico, também, o Estado retoma a forma de gerir a coisa pública, ao modo do Regime Militar, sem participação social, contrário ao interesse público, pela negação de direitos, pela coerção e imposição. A própria sociedade passa a se caracterizar como um manicômio, aprisionada pelo poder decisório abusivo de poucos, com práticas de opressão, arbitrariedades, violação de direitos humanos e silenciamento do sofrimento.

Jéssica Santos

1 de setembro de 2015
Jéssica Santos

Jeane Ferreira dos Santos

1 de setembro de 2015
Jeane Ferreira dos Santos

Tatiana Clombor Perondim

1 de setembro de 2015
Tatiana Clombor Perondim

Rogério Luis de Oliveira

1 de setembro de 2015
Rogério Luis de Oliveira

Keilla Paulino

1 de setembro de 2015
Keilla Paulino

Giovanna Maivni

1 de setembro de 2015
Giovanna Maivni

Gilcilene Ferreiro

1 de setembro de 2015
Gilcilene Ferreiro

Regina Fernandes Bacelar

1 de setembro de 2015
Regina Fernandes Bacelar

Bruna Mundeki

1 de setembro de 2015
Bruna Mundeki

Nayara Damiani

1 de setembro de 2015
Nayara Damiani

Nathalia Chiquetto

1 de setembro de 2015
Nathalia Chiquetto

Maria Dalva de Souza

1 de setembro de 2015
Maria Dalva de Souza

Magna Barboza Damasceno

1 de setembro de 2015
Magna Barboza Damasceno

Antonio Junho da Silva

1 de setembro de 2015
Antonio Junho da Silva

Daviane Nascimento da Silva

1 de setembro de 2015
Daviane Nascimento da Silva

Letícia Gonçalves da Silva

1 de setembro de 2015
Letícia Gonçalves da Silva

Adriana Fátima

1 de setembro de 2015
Adriana Fátima

Marcia Faria Cavalcante

6 de agosto de 2015
Marcia Faria Cavalcante

Julio Cesar Santos Ribeiro

3 de agosto de 2015
Julio Cesar Santos Ribeiro